sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O sexo, a fidelidade e a saúde do coração


E lá vamos nós causar um pouco de polêmica. Fazer o que se é excitante né? Então, pode até soar estranho, mas essa combinação aí tem tudo a ver. E não é o um ser pisciano e sonhador que está afirmando isso. Sorte ou azar, faz sentido para a medicina. 

Foi grande o contentamento quando li uma notícia fazendo referência a um livro do médico espanhol Josep María Caralps esta semana. 
Com mais de 40 anos de experiência em cirurgia cardíaca, o prezado afirmou em sua obra "Super Corazón" ("Super Coração", na tradução livre) que praticar sexo, de preferência com um parceiro estável, contribui para o bom funcionamento do coração, o músculo que nos mantém vivos. E segundo ele, quanto mais melhor. Com essa experiência toda, o cara merece meus créditos de confiança!

Sou adepta declarada de que uma história por vez pode trazer grandes benefícios, até mesmo quando o lance envolve apenas química e não tem nada a ver com sentimento. Pode parecer caretice alguém ser fiel a PA, mas considero que me dedicar exclusivamente a descobrir o que o outro pode me oferecer também é excitante. No meu caso, é extremamente excitante.


De cada encontro, faço uma experiência prazerosa e, por isso, uma lembrança inesquecível sem muito esforço. E tem dado certo até demais no meu caso. Ô se tem! Não tenho muitas histórias pra contar. Tenho boas histórias e isso é o que me importa, afinal, nunca fui de medir qualidade por quantidade de parceiros. Se um homem, sozinho, pode me levar ao céu e ainda cuidar da saúde do meu coração, por que razão vou me preocupar em querer outro enquanto estou com ele?

No final das contas, ainda não entendi muito bem qual foi o critério científico estabelecido pelo médico espanhol para afirmar que a fidelidade sexual pode ser positiva à saúde do coração. O livro ainda não está disponível para venda no Brasil, mas com certeza vou lê-lo com muito prazer. Independente disso, sempre acreditei que a fidelidade tem lá suas vantagens. Eis mais uma.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Devaneios de um coração partido



Sim, meu coração já foi partido. Em partes, ainda é. Depois de cicatrizar na marra tantas feridas, porém, fui aprendendo a conviver com meu coração pisciano: sofredor, ansioso e carente por natureza. E acima de tudo, um sonhador que não mede as consequências das suas batidas. Dá um trabalho... 

Não estou aqui para reclamar do “santuário da minha alma”, como bem intitulou Aristóteles. Mas cá entre nós, queria que meu coração fosse rancoroso de vez em quando. Poxa, as pessoas o fazem sofrer e, mesmo assim, ele tenta remediar a situação como a me dizer: “poderia ser pior” ou “você também tem culpa no cartório”. 


Não, esse pedacinho insano do meu corpo não poderia ser diferente. Se assim veio, pela eternidade continuará a bater do mesmo modo. Porque é a ele que tenho que dar ouvidos. Simples assim.


Não é que nos últimos tempos, o danado anda me avisando quando a história vai ser boa? Verdade é que na maioria das vezes em todas as vezes, o final dela não é o que espero, mas os capítulos sempre são permeados de muita emoção, suspiros, prazer... Ironicamente, meu coração me faz perder o ar em muitas situações. E como é bom!


Teria como ser diferente? Em partes poderia, mas não é por um único motivo: meu coração sabe que todas as histórias, mesmo as de final inesperado e triste, muito vão me ensinar. Mesmo com o medo de sofrer que tem, ele nunca foge da raia e me leva junto. 


Já ganhou até a fama de bobo dos outros e nem se importa com isso mais. Pra que arranjar mais um motivo pra se ferir? Enfim, partido ou não, ele embala os meus dias com seus devaneios e me faz sorrir sozinha ao me lembrar o quanto me tornei uma mulher melhor a cada circunstância que alguém o machucou. E ainda comprova: “vá em frente bobinha, eu sempre me recupero”.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Salve Cosme e Damião


Hoje é dia de soltar o verbo
Se lambuzar com doce
Chupar “crecrete”
Comer chocolate
Brincar de “neneca”

Hoje é dia de cair balões
Pra todas as crianças do céu
Rir sem motivo
Sorrir pras paredes
Sonhar acordado
Espalhar regozijo
Bater palma sem parar
Pular sem vergonha
Pra que se acanhar?

Hoje é dia de voltar a ser criança
Como a suplicar esperança
Por dias de paz
E a todos unir
Para em única voz sair
A Cosme e Damião
Dar um grande Saravá

domingo, 25 de setembro de 2011

Uma história qualquer


Era como se fosse o primeiro encontro. O cuidado ao abrir o portão da modesta casa, a leveza ao segurar as mãos da companheira, tão marcadas pelo tempo que não volta mais. Nos olhos, a resposta para todos os problemas: a alma estava tranquila, a tarefa estava cumprida, o amor ainda se mantinha ardente, o suave sorriso transmitia a paz de espírito que tanto buscou.

Não sentia ele saudades da solidão que era companhia nos tempos de juventude, regrados de irresponsabilidade e inconsequência. Deles restaram apenas as lições verdadeiramente importantes e que acompanharam sua trajetória como a relembrá-lo da melhor escolha que fez na vida, do mais inesquecível encontro, da incontrolável ansiedade em tocá-la, do irresistível desejo de olhá-la até o fim dos seus dias, de não voltar atrás.

Aquela manhã de domingo, ventosa e pouco ensolarada, ele reservou para agradecer pelos anos dourados vividos ao lado de tão primorosa companheira, por ter resistido aos prazeres momentâneos e vazios da vida de outrora, por ter seguido em frente quando decidiu que fazê-la feliz seria o seu maior compromisso.

Sob os olhares de estranhos durante a caminhada matinal até o templo escolhido para orar e entrar em sintonia consigo mesmo, o casal transmitia sua história de alegrias e tristezas, saúde e doenças, medos e certezas, a cada passo desconcertado e claramente cansado. O cuidado um com o outro radiava a quem olhasse. Um era o apoio do outro e juntos eles seguiam.

Viveram cada segundo como se fosse o último, cultivaram a sinceridade a cada palavra, fizeram de cada noite um momento mágico e único. Definitivamente, agradecer era o mínimo que ele podia fazer, pois a vida foi-lhe grata surpresa. Quando dela não esperava nada além do fim, um sorriso mudou tudo. As marcas dos anos eram detalhes imperceptíveis. Ela estava tão linda como no primeiro encontro. 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Recordações

Deixar momentos, pessoas queridas e fatos inusitados para trás faz parte da nossa rotina. Relembrá-los também. Basta fechar os olhos para ativar a memória com o que ou quem um dia entrou para a história. E como num passe de mágica, a alma se enche de contentamento ao constatar uma vez mais: sim, tenho muitos motivos para sorrir!

Hoje, mais do que nunca e depois de tantos inconvenientes, tenho a plena de convicção de que trilho pelo caminho mais conveniente com minhas aspirações e desejos. E foi com simplicidade da minha terra, da minha família e dos meus amigos que tive as lições mais importantes e verdadeiras do meu percurso.

Para que remoer as tristezas e feridas se a lembrança é mais compensadora quando o sorriso esteve estampado? Como é bom sentir novamente a alegria e satisfação de estar sempre bem acompanhada. Momentos simples, mas de sentimentos intensos. Eis alguns deles. 

O Natal


Para falar a verdade, alguns adultos me fizeram desgostar da data, o que não tirou a diversão necessariamente. Os primos sempre arranjavam um jeitinho de tornar a festa menos monótona. Pode falar gente que era bonitinha com a barriguinha estufada. 

A escola 

Tempo inesquecível não? As melhores lições não foram as de matemática, com toda a certeza. As amizades serão eternas e não há distância que prove o contrário. Um alô especial para os que me acompanharam durante os três anos do ensino médio no Cefet-GO.




A faculdade 

Com este cara aí eu aprendi que o mundo além das paredes da sala de aula tem muito mais a ensinar do que meros exemplos de atuação jornalística. Meu querido Véin me levou para a aventura mais fantástica da minha vida. Conhecê-lo e desbravar um pedacinho da Bolívia foi um refrigério para eu seguir em frente com meus sonhos.


A diversão 

Não cresci frequentando balada ou jogando videogame. Sempre foi com criatividade que a gente, em meio às privações peculiares de uma cidade do interior, brincava, sorria, badalava. Lembro-me deste dia como se fosse hoje, quando um banho de chuva após o trote em dois amigos aprovados no vestibular daquele ano completou a brincadeira.




A criatividade



As ideias mirabolantes sempre rendiam as melhores farras. Quem sabe um dia a gente consiga repetir outro acampamento na casa da Letícia Tereza, sem barraca, com todo mundo dormindo na área, contando estórias de terror, ouvindo assombração e cantando até dormir. 

A afilhada




Nem preciso dizer nada. O sorriso já fala por si. 

A fonte dos desejos




Porque uma fezinha de vez em quando não faz mal a ninguém.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O encontro com Cristina



Em meio à turbulência de um drama familiar encontrei a principal motivação que hoje me mantém de cabeça erguida. Contava com meus 16 anos quando minha mãe me convidou para ir a um “lugar diferente”, como ela descreveu. Fui sem receio e amarras, afinal, qualquer ajuda naquele momento de aflição seria muito bem-vinda.

Não era aquela uma casa de oração como estava acostumada, como crismada e católica praticante. Mesmo assim, a simplicidade e o aconchego do local me deixaram extremamente à vontade. E o que para muitos cristãos seria motivo de protesto e até medo, estranhamente foi movedor de uma paz interior que há muito não sentia.

“Era uma casa espírita”, pensei, o que foi comprovado com a abertura do trabalho daquela tarde quente e ensolarada de quinta-feira, iniciado com a leitura do Evangelho codificado por Alan Kardec. Após uma breve explanação do leitor, eis que uma senhora aparentando 40 e poucos anos entra no recinto, acompanhada de um senhor baixinho, que depois fui saber que se tratava do marido, e de um rapaz com deficiência física, seu filho.

Naquele momento, senti uma simpatia por aquela mulher que transparecia cansaço no rosto, mas que tinha um brilho intenso no olhar, daqueles que cativam a todos, mesmo sem explicação óbvia para tal. Com um vestido branco, que parecia de criança, ela chamou aos presentes, 20 pessoas aproximadamente, a fazerem um círculo para de mãos dadas rezar.

De olhos cerrados e com voz doce, Grécia pediu para que o trabalho daquele dia fosse protegido por Oxalá e pelo mentor espiritual da casa, Pai Jerônimo, e que todos que ali estavam voltassem a seus lares melhores do que chegaram. O momento foi encerrado com a oração do Pai Nosso.

A médium então começou a cantar uma música até então desconhecida para mim. Como uma prece, a canção pedia às andorinhas que trouxessem os anjos lá do céu. E como num passe de mágica, Grécia incorporou a menina Cristina que, como criança que é, chegou pulando e batendo palma.

Tudo ali era novo e extraordinariamente belo para mim, mesmo que anteriormente não tivesse contato nenhum com a doutrina espírita ou com a umbanda. O medo poderia ter tomado conta do meu coração, mas, ao contrário, senti uma extrema felicidade pela chegada daquela menina que falava enrolado, mas que a todos tinha muito a ensinar e aconselhar.

Lágrimas começaram a correr descontroladamente dos meus olhos, abri um sorriso e meu coração batia como a dizer: voltei para o lugar que nunca deveria ter saído. Sim, senti como se tudo ali já fosse conhecido. "Estava em casa, mais uma vez", pensei irracionalmente. Quando iniciamos nossa primeira conversa, Cristina logo me revelou: “você vai trabalhar com meu burro”, referindo à missão mediúnica que eu iniciava ali e da qual Grécia seria companhia e mentora tão querida.

Quase dez anos depois do meu primeiro encontro com Cristina, muitas coisas aconteceram. Alegrias, decepções, prazeres, separações, lembranças imensuráveis. Quantos amigos espirituais conheci após aquele dia e que hoje fazem parte da minha rotina, mesmo que não os veja. O importante é sentir o conforto, a proteção e a alegria que eles me trazem a cada instante.

Para muitos, este post é uma revelação, um susto e até motivo de afastamento, mas o encontro com Cristina abriu um caminho sem volta. Hoje, a umbanda e a doutrina espírita fazem parte da minha vida e são o principal motivo para eu seguir em frente, para lutar pelos meus sonhos, para acreditar que um dia serei digna de encontrar a felicidade, para ajudar aos que amo e até mesmo aos desafetos. Não tem como não agradecer todos os dias por aquela quinta-feira.

domingo, 4 de setembro de 2011

Inspiração

Dê-se o direito de falar, mesmo quando as palavras soarem traiçoeiras.



Você tem o dever de duvidar. Às vezes um passo para trás vira dois adiante.



Lembre-se que ser incompleto é o impulso para continuar tentando.



Quando o peso parecer constante, faça das lágrimas sua melhor companhia.



E saiba que a fé, mesmo inconstante, é um elixir de conforto.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Meu passado negro

Em outubro de 2006, tempos de faculdade, viajei para a Bolívia. Foram tantas histórias em 15 dias de aventura que seriam 10 milhões de posts para conseguir retratar tudo que eu e meus companheiros vivemos nas terras vizinhas. Mas um evento em especial acabou constatando o algo que a maioria nega: todo mundo tem um “podre” no passado que tem vergonha de revelar.

Foi o seguinte: a galera estava aprontando um rango na casa de um boliviano e tomando um vinho para esquentar a noite de mais ou menos 8°C. Aí que começou um papo lá que não me recordo muito bem (tá bom gente, amnésia alcoólica), só sei que as meninas começaram a cantarolar a versão de Sandy e Junior de Se Fue, da Laura Pausini. E sem errar um trecho se quer. Foi uma diversão sem tamanho. Acompanhem comigo:



Melhor nem começar discussão chata sobre gosto musical e conveniências, pois não chegaria a lugar nenhum, afinal gosto é que nem religião: debater dá problema. Preferível é ver todo mundo contando seus podres, pois não vejo motivos para vergonha. Somos felizes assim. 

Vou começar com o meu passado presente negro e sem culpa (incluam o hit acima na lista). Cá entre nós, já entrei em cada onda que dá até medo e mesmo assim, considero meu gosto musical apurado. Mas vamos lá. Chegou a hora de mais revelações bombásticas e acho que depois desta, a paca vai torar ainda mais, em bom turvanês. 

#dancinhasmalditas
Que atire a primeira pedra as amigas que não rebolaram até o chão imitando a deprimente Carla Perez. E mais: ficavam treinando em casa com a turma para chegar abalando nos eventos sociais. Há alguns dias, algumas companheiras de trabalho bem que mostraram que ainda não perderam o gingado. Tô mentindo Renata Checha, Nadima Chalup e Ana Lídia Oliveira? Quero ver todo mundo dançando agora.


#histeria
Essa não é segredo pra quase ninguém: era fã alucinada de Backstreet Boys, sem o exagero de escrever cartas quilométricas. Achava supersexy os garotos dançando Clipping games my heart (ainda bem que meu conceito de “sexy” evoluiu com o tempo). Até hoje sempre rola ouvir algumas, principalmente esta:

#novelas
Como noveleira que sou não poderia faltar. É cada música brega. Esta me fez chorar muito, por embalar os momentos mais emocionantes de Por amor, grande sucesso do Maneco:


E por falar em novelas, não perdi um capítulo das primeiras fases de Chiquititas. Ah! Como era bom. Tinha todas as fitas-cassetes e também sabia as coreografias. Deu uma saudade danada vendo este clip:


#funkeira
Sim, já desci muito até o chão dançando funk, o que me rendeu por muito tempo o apelido de Raíssa, personagem de Mariana Ximenes na novela América. Tinha o cabelo curto, magrinha, talz... Ando meio fora de forma, nada que umas brejas não resolvam. A seguir, um dos meus prediletos:


#breganejo
Você pode até não admitir, mas sempre tem alguém na turma de amigos ou membro da família que é fã de sertanejo. Inevitavelmente, você será “contaminado” de alguma forma pelo estilo. Eu, particularmente, curto algumas músicas e duplas sertanejas, principalmente as mais antigas, que louvam o ritmo e as tradições.

Agora, já ouviram falar em Alan e Aladin? Pois é, de doer os dentes. Sempre toca nos divertidíssimos encontros de amigos abarrotados de bons drinks em Nova Fátima, terrinha natal. Esta vai especialmente para o webdesigner mais foda que eu conheço: o maranhense Mark Sousa.


Chega né? Já é o bastante para receber comentários de indignação, sofrer bullying, ver cara feia, ser discriminada e trollada nas redes sociais... Enfim, falando bem ou mal, vocês continuarão a gostar de mim. Então, deixa aí seu passado negro também e vamos nos divertir sem medo de julgamentos.