quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Relato de uma impaciente...


Olá! Faz tanto tempo desde a última vez que conversamos né? E como você me faz falta! Eu sei, eu sei. Afastei você de mim. Não sei o por quê, mas sinto drasticamente os efeitos. Olha as lágrimas caindo incontroláveis, teimosas.

Você não poderia ter esquecido. Sempre cobro isso de você que, para refutar, repete seguidamente:

- Paciência não se dá. Essa virtude que estás longe de alcançar se conquista!

Pois é, mas como? Como vencer a batalha com todo esse exército de incertezas e problemas a frente? Já sei, já sei:

- Quando venceres cada soldado dessa guerra, encontrarás o que tanto deseja e verás que sem as lutas não seria prazeroso ter paciência.

Imagino como você pode ter paciência diante de alguém tão instável como eu. Uma hora, um belo sorriso amarelado. Um minuto depois, uma má resposta por nada. Ah! Só você mesmo.

É por isso que sigo acreditando que um dia poderei conhecê-lo melhor. Afinal, esse não é só o meu destino. É a direção de todo ser humano, mesmo daqueles que fazem tudo ao contrário de seus desígnios. E a cada salto dado nessa direção, tenho a convicção de estar mais perto da felicidade.

Obrigada por mais esta oportunidade e até a próxima. Pode ser que não escreva tão claro e preciso como hoje. Mas tenho a certeza que sempre estará pronto para ler as minhas linhas desconcertadas. Foi essa a maneira que você me ensinou de conversar contigo. E que assim seja pela eternidade!

Estava meio sem saber o que postar hoje. Lembrei-me de uma noite em que, angustiada e triste, resolvi escrever para tentar me acalmar. E deu certo. Explicar seria redundante. Os mais íntimos sabem: não tenho nenhuma familiaridade com Jó. Pode demorar, mas um dia conseguirei ser paciente com os que estão à minha volta e, principalmente, com os meus defeitos. Afinal, eles sempre têm algo para ensinar a mim e até mesmo aos que me rodeiam.

Ser paciente é também uma questão de escolha. Nada muda completamente num piscar de olhos. Se tem uma coisa que aprendi com meus erros de impaciente foi que as melhores escolhas estão sempre à disposição. Basta ver direito. Errou? Sempre haverá o amanhã para recomeçar. E acreditar no amanhã já é uma boa escolha.

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