quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Meu #BlogSalvaVidas




25 de novembro é o Dia Nacional do Doador de Sangue. Para intensificar a doação de sangue em Goiás, o site médico Dr. Teuto está promovendo uma blogagem coletiva entre players goianos para promover uma doação em massa amanhã no Hemocentro de Goiás. Como sou a favor da causa, também resolvi entrar nessa,  mesmo meu blog não sendo muito popular, ainda rs. 

Então, se você acredita na causa, vá amanhã ao Hemocentro das 8h às 18h e faça a sua doação. Vai doer? Creio que sim. Não posso comprovar porque também será a minha primeira vez, mas com certeza vai valer a pena só pela satisfação de poder salvar uma vida. 


Você também pode compartilhar a mensagem da campanha no
Twitter usando, hoje e amanhã, a tag #BlogSalvaVidas ou #DoadorSalvaVidas. No Facebook, compartilhe as imagens e aumente a corrente.

Vem gente! 


Data para doação de sangue: 25 de novembro, das 8h às 18h
Local: Hemocentro de Goiás – Av. Anhanguera, 5.191, St. Coimbra, Goiânia-GO
Organização: Dr.Teuto





terça-feira, 18 de outubro de 2011

Em frente



Não precisava nem do lindão do Johnny Depp para reforçar, mas aquela velha mania de tomar as dores dos outros como minha pretendo deixar no baú de tranqueiras. É impossível impedir que os outros passem por episódios de sofrimento quando se tem a convicção de que a dor é lenitivo para nossas faltas e, acima de tudo, oportunidade ímpar para descobrir nossa capacidade de levantar e recomeçar. Foi chorando que descobri minha fortaleza. Foram os percalços que revelaram minha coragem. Nada melhor do que a tristeza para reforçar que a felicidade se constrói a cada dia, com pequenos detalhes, mesmo que sejam lágrimas.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Embalos

Na minha vida, eles entraram há pouco tempo. Mas os noruegueses Erlend e Eirik já embalam milhares de fãs desde 1999. Kings of Convenience é uma grata surpresa para quem curte aquele tipo de música tão calma e envolvente que se pode ouvir o dia todo sem ao menos ver as horas passarem. Paixão e emoção desde o primeiro instante que ouvi.

E já que o espaço aqui é pra compartilhar um pouco de mim, segue algumas das minhas canções prediletas do grupo, que bem misturam folk music e indie em canções românticas, mas totalmente a par do senso comum. Para eles, bastam apenas boas composições, vozes suaves e dois violões. 

 


Ah! Em dezembro, o grupo vai se apresentar no Brasil (como sempre acontece com boas atrações, em São Paulo e no Rio de Janeiro). Os esforços já estão intensos para que eu possa ouvir esses embalos ao vivo. Então, valeu demais querida Nadima Chalup pela indicação!

Gostou? Tem uma playlist completa neste link!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Porque nada nem ninguém vai ofuscar minha esperança



Às vezes me pergunto o por quê de tanta esperança. Na minha humilde e nada científica crença, ter esperança é simplesmente confiar que o amanhã será melhor que o triste hoje. Em que me baseio para acreditar nisso é o que levam muitos que me conhecem a pensar: a esperança que ela tem é passada da quantia. 

É uma esperança totalmente sem sentido para alguém que carrega um fardo nada leve. Para alguém que se pega chorando do nada tentando esquecer que aqueles que mais ama são os que abrem as feridas mais dolentes. Para alguém que tenta fazer uma pequena revolução com atitudes corriqueiras e, mesmo assim, tem uma vasta lista de frustrações. 


O destino me mostrou dois caminhos: ou me perdia totalmente ou tinha esperança. Elegi a segunda alternativa, com a única certeza de que não seria nada simples me manter de cabeça erguida remando contra a maré. Ninguém me obrigou. Quis assim.

Arrependida? Por alguns instantes, claro, porque não sou santa. Mas tem sempre alguém que não consigo ver, muito menos descrever, pra dar uma puxada de orelha: “você não se lembra, mas combinamos que não seria fácil”. Ou: “não tem como voltar atrás e não se arrepender”. E ainda: “a escolha está feita e assim como a alma, a esperança nunca morre”. E vamo que vamo!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O sexo, a fidelidade e a saúde do coração


E lá vamos nós causar um pouco de polêmica. Fazer o que se é excitante né? Então, pode até soar estranho, mas essa combinação aí tem tudo a ver. E não é o um ser pisciano e sonhador que está afirmando isso. Sorte ou azar, faz sentido para a medicina. 

Foi grande o contentamento quando li uma notícia fazendo referência a um livro do médico espanhol Josep María Caralps esta semana. 
Com mais de 40 anos de experiência em cirurgia cardíaca, o prezado afirmou em sua obra "Super Corazón" ("Super Coração", na tradução livre) que praticar sexo, de preferência com um parceiro estável, contribui para o bom funcionamento do coração, o músculo que nos mantém vivos. E segundo ele, quanto mais melhor. Com essa experiência toda, o cara merece meus créditos de confiança!

Sou adepta declarada de que uma história por vez pode trazer grandes benefícios, até mesmo quando o lance envolve apenas química e não tem nada a ver com sentimento. Pode parecer caretice alguém ser fiel a PA, mas considero que me dedicar exclusivamente a descobrir o que o outro pode me oferecer também é excitante. No meu caso, é extremamente excitante.


De cada encontro, faço uma experiência prazerosa e, por isso, uma lembrança inesquecível sem muito esforço. E tem dado certo até demais no meu caso. Ô se tem! Não tenho muitas histórias pra contar. Tenho boas histórias e isso é o que me importa, afinal, nunca fui de medir qualidade por quantidade de parceiros. Se um homem, sozinho, pode me levar ao céu e ainda cuidar da saúde do meu coração, por que razão vou me preocupar em querer outro enquanto estou com ele?

No final das contas, ainda não entendi muito bem qual foi o critério científico estabelecido pelo médico espanhol para afirmar que a fidelidade sexual pode ser positiva à saúde do coração. O livro ainda não está disponível para venda no Brasil, mas com certeza vou lê-lo com muito prazer. Independente disso, sempre acreditei que a fidelidade tem lá suas vantagens. Eis mais uma.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Devaneios de um coração partido



Sim, meu coração já foi partido. Em partes, ainda é. Depois de cicatrizar na marra tantas feridas, porém, fui aprendendo a conviver com meu coração pisciano: sofredor, ansioso e carente por natureza. E acima de tudo, um sonhador que não mede as consequências das suas batidas. Dá um trabalho... 

Não estou aqui para reclamar do “santuário da minha alma”, como bem intitulou Aristóteles. Mas cá entre nós, queria que meu coração fosse rancoroso de vez em quando. Poxa, as pessoas o fazem sofrer e, mesmo assim, ele tenta remediar a situação como a me dizer: “poderia ser pior” ou “você também tem culpa no cartório”. 


Não, esse pedacinho insano do meu corpo não poderia ser diferente. Se assim veio, pela eternidade continuará a bater do mesmo modo. Porque é a ele que tenho que dar ouvidos. Simples assim.


Não é que nos últimos tempos, o danado anda me avisando quando a história vai ser boa? Verdade é que na maioria das vezes em todas as vezes, o final dela não é o que espero, mas os capítulos sempre são permeados de muita emoção, suspiros, prazer... Ironicamente, meu coração me faz perder o ar em muitas situações. E como é bom!


Teria como ser diferente? Em partes poderia, mas não é por um único motivo: meu coração sabe que todas as histórias, mesmo as de final inesperado e triste, muito vão me ensinar. Mesmo com o medo de sofrer que tem, ele nunca foge da raia e me leva junto. 


Já ganhou até a fama de bobo dos outros e nem se importa com isso mais. Pra que arranjar mais um motivo pra se ferir? Enfim, partido ou não, ele embala os meus dias com seus devaneios e me faz sorrir sozinha ao me lembrar o quanto me tornei uma mulher melhor a cada circunstância que alguém o machucou. E ainda comprova: “vá em frente bobinha, eu sempre me recupero”.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Salve Cosme e Damião


Hoje é dia de soltar o verbo
Se lambuzar com doce
Chupar “crecrete”
Comer chocolate
Brincar de “neneca”

Hoje é dia de cair balões
Pra todas as crianças do céu
Rir sem motivo
Sorrir pras paredes
Sonhar acordado
Espalhar regozijo
Bater palma sem parar
Pular sem vergonha
Pra que se acanhar?

Hoje é dia de voltar a ser criança
Como a suplicar esperança
Por dias de paz
E a todos unir
Para em única voz sair
A Cosme e Damião
Dar um grande Saravá

domingo, 25 de setembro de 2011

Uma história qualquer


Era como se fosse o primeiro encontro. O cuidado ao abrir o portão da modesta casa, a leveza ao segurar as mãos da companheira, tão marcadas pelo tempo que não volta mais. Nos olhos, a resposta para todos os problemas: a alma estava tranquila, a tarefa estava cumprida, o amor ainda se mantinha ardente, o suave sorriso transmitia a paz de espírito que tanto buscou.

Não sentia ele saudades da solidão que era companhia nos tempos de juventude, regrados de irresponsabilidade e inconsequência. Deles restaram apenas as lições verdadeiramente importantes e que acompanharam sua trajetória como a relembrá-lo da melhor escolha que fez na vida, do mais inesquecível encontro, da incontrolável ansiedade em tocá-la, do irresistível desejo de olhá-la até o fim dos seus dias, de não voltar atrás.

Aquela manhã de domingo, ventosa e pouco ensolarada, ele reservou para agradecer pelos anos dourados vividos ao lado de tão primorosa companheira, por ter resistido aos prazeres momentâneos e vazios da vida de outrora, por ter seguido em frente quando decidiu que fazê-la feliz seria o seu maior compromisso.

Sob os olhares de estranhos durante a caminhada matinal até o templo escolhido para orar e entrar em sintonia consigo mesmo, o casal transmitia sua história de alegrias e tristezas, saúde e doenças, medos e certezas, a cada passo desconcertado e claramente cansado. O cuidado um com o outro radiava a quem olhasse. Um era o apoio do outro e juntos eles seguiam.

Viveram cada segundo como se fosse o último, cultivaram a sinceridade a cada palavra, fizeram de cada noite um momento mágico e único. Definitivamente, agradecer era o mínimo que ele podia fazer, pois a vida foi-lhe grata surpresa. Quando dela não esperava nada além do fim, um sorriso mudou tudo. As marcas dos anos eram detalhes imperceptíveis. Ela estava tão linda como no primeiro encontro. 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Recordações

Deixar momentos, pessoas queridas e fatos inusitados para trás faz parte da nossa rotina. Relembrá-los também. Basta fechar os olhos para ativar a memória com o que ou quem um dia entrou para a história. E como num passe de mágica, a alma se enche de contentamento ao constatar uma vez mais: sim, tenho muitos motivos para sorrir!

Hoje, mais do que nunca e depois de tantos inconvenientes, tenho a plena de convicção de que trilho pelo caminho mais conveniente com minhas aspirações e desejos. E foi com simplicidade da minha terra, da minha família e dos meus amigos que tive as lições mais importantes e verdadeiras do meu percurso.

Para que remoer as tristezas e feridas se a lembrança é mais compensadora quando o sorriso esteve estampado? Como é bom sentir novamente a alegria e satisfação de estar sempre bem acompanhada. Momentos simples, mas de sentimentos intensos. Eis alguns deles. 

O Natal


Para falar a verdade, alguns adultos me fizeram desgostar da data, o que não tirou a diversão necessariamente. Os primos sempre arranjavam um jeitinho de tornar a festa menos monótona. Pode falar gente que era bonitinha com a barriguinha estufada. 

A escola 

Tempo inesquecível não? As melhores lições não foram as de matemática, com toda a certeza. As amizades serão eternas e não há distância que prove o contrário. Um alô especial para os que me acompanharam durante os três anos do ensino médio no Cefet-GO.




A faculdade 

Com este cara aí eu aprendi que o mundo além das paredes da sala de aula tem muito mais a ensinar do que meros exemplos de atuação jornalística. Meu querido Véin me levou para a aventura mais fantástica da minha vida. Conhecê-lo e desbravar um pedacinho da Bolívia foi um refrigério para eu seguir em frente com meus sonhos.


A diversão 

Não cresci frequentando balada ou jogando videogame. Sempre foi com criatividade que a gente, em meio às privações peculiares de uma cidade do interior, brincava, sorria, badalava. Lembro-me deste dia como se fosse hoje, quando um banho de chuva após o trote em dois amigos aprovados no vestibular daquele ano completou a brincadeira.




A criatividade



As ideias mirabolantes sempre rendiam as melhores farras. Quem sabe um dia a gente consiga repetir outro acampamento na casa da Letícia Tereza, sem barraca, com todo mundo dormindo na área, contando estórias de terror, ouvindo assombração e cantando até dormir. 

A afilhada




Nem preciso dizer nada. O sorriso já fala por si. 

A fonte dos desejos




Porque uma fezinha de vez em quando não faz mal a ninguém.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O encontro com Cristina



Em meio à turbulência de um drama familiar encontrei a principal motivação que hoje me mantém de cabeça erguida. Contava com meus 16 anos quando minha mãe me convidou para ir a um “lugar diferente”, como ela descreveu. Fui sem receio e amarras, afinal, qualquer ajuda naquele momento de aflição seria muito bem-vinda.

Não era aquela uma casa de oração como estava acostumada, como crismada e católica praticante. Mesmo assim, a simplicidade e o aconchego do local me deixaram extremamente à vontade. E o que para muitos cristãos seria motivo de protesto e até medo, estranhamente foi movedor de uma paz interior que há muito não sentia.

“Era uma casa espírita”, pensei, o que foi comprovado com a abertura do trabalho daquela tarde quente e ensolarada de quinta-feira, iniciado com a leitura do Evangelho codificado por Alan Kardec. Após uma breve explanação do leitor, eis que uma senhora aparentando 40 e poucos anos entra no recinto, acompanhada de um senhor baixinho, que depois fui saber que se tratava do marido, e de um rapaz com deficiência física, seu filho.

Naquele momento, senti uma simpatia por aquela mulher que transparecia cansaço no rosto, mas que tinha um brilho intenso no olhar, daqueles que cativam a todos, mesmo sem explicação óbvia para tal. Com um vestido branco, que parecia de criança, ela chamou aos presentes, 20 pessoas aproximadamente, a fazerem um círculo para de mãos dadas rezar.

De olhos cerrados e com voz doce, Grécia pediu para que o trabalho daquele dia fosse protegido por Oxalá e pelo mentor espiritual da casa, Pai Jerônimo, e que todos que ali estavam voltassem a seus lares melhores do que chegaram. O momento foi encerrado com a oração do Pai Nosso.

A médium então começou a cantar uma música até então desconhecida para mim. Como uma prece, a canção pedia às andorinhas que trouxessem os anjos lá do céu. E como num passe de mágica, Grécia incorporou a menina Cristina que, como criança que é, chegou pulando e batendo palma.

Tudo ali era novo e extraordinariamente belo para mim, mesmo que anteriormente não tivesse contato nenhum com a doutrina espírita ou com a umbanda. O medo poderia ter tomado conta do meu coração, mas, ao contrário, senti uma extrema felicidade pela chegada daquela menina que falava enrolado, mas que a todos tinha muito a ensinar e aconselhar.

Lágrimas começaram a correr descontroladamente dos meus olhos, abri um sorriso e meu coração batia como a dizer: voltei para o lugar que nunca deveria ter saído. Sim, senti como se tudo ali já fosse conhecido. "Estava em casa, mais uma vez", pensei irracionalmente. Quando iniciamos nossa primeira conversa, Cristina logo me revelou: “você vai trabalhar com meu burro”, referindo à missão mediúnica que eu iniciava ali e da qual Grécia seria companhia e mentora tão querida.

Quase dez anos depois do meu primeiro encontro com Cristina, muitas coisas aconteceram. Alegrias, decepções, prazeres, separações, lembranças imensuráveis. Quantos amigos espirituais conheci após aquele dia e que hoje fazem parte da minha rotina, mesmo que não os veja. O importante é sentir o conforto, a proteção e a alegria que eles me trazem a cada instante.

Para muitos, este post é uma revelação, um susto e até motivo de afastamento, mas o encontro com Cristina abriu um caminho sem volta. Hoje, a umbanda e a doutrina espírita fazem parte da minha vida e são o principal motivo para eu seguir em frente, para lutar pelos meus sonhos, para acreditar que um dia serei digna de encontrar a felicidade, para ajudar aos que amo e até mesmo aos desafetos. Não tem como não agradecer todos os dias por aquela quinta-feira.

domingo, 4 de setembro de 2011

Inspiração

Dê-se o direito de falar, mesmo quando as palavras soarem traiçoeiras.



Você tem o dever de duvidar. Às vezes um passo para trás vira dois adiante.



Lembre-se que ser incompleto é o impulso para continuar tentando.



Quando o peso parecer constante, faça das lágrimas sua melhor companhia.



E saiba que a fé, mesmo inconstante, é um elixir de conforto.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Meu passado negro

Em outubro de 2006, tempos de faculdade, viajei para a Bolívia. Foram tantas histórias em 15 dias de aventura que seriam 10 milhões de posts para conseguir retratar tudo que eu e meus companheiros vivemos nas terras vizinhas. Mas um evento em especial acabou constatando o algo que a maioria nega: todo mundo tem um “podre” no passado que tem vergonha de revelar.

Foi o seguinte: a galera estava aprontando um rango na casa de um boliviano e tomando um vinho para esquentar a noite de mais ou menos 8°C. Aí que começou um papo lá que não me recordo muito bem (tá bom gente, amnésia alcoólica), só sei que as meninas começaram a cantarolar a versão de Sandy e Junior de Se Fue, da Laura Pausini. E sem errar um trecho se quer. Foi uma diversão sem tamanho. Acompanhem comigo:



Melhor nem começar discussão chata sobre gosto musical e conveniências, pois não chegaria a lugar nenhum, afinal gosto é que nem religião: debater dá problema. Preferível é ver todo mundo contando seus podres, pois não vejo motivos para vergonha. Somos felizes assim. 

Vou começar com o meu passado presente negro e sem culpa (incluam o hit acima na lista). Cá entre nós, já entrei em cada onda que dá até medo e mesmo assim, considero meu gosto musical apurado. Mas vamos lá. Chegou a hora de mais revelações bombásticas e acho que depois desta, a paca vai torar ainda mais, em bom turvanês. 

#dancinhasmalditas
Que atire a primeira pedra as amigas que não rebolaram até o chão imitando a deprimente Carla Perez. E mais: ficavam treinando em casa com a turma para chegar abalando nos eventos sociais. Há alguns dias, algumas companheiras de trabalho bem que mostraram que ainda não perderam o gingado. Tô mentindo Renata Checha, Nadima Chalup e Ana Lídia Oliveira? Quero ver todo mundo dançando agora.


#histeria
Essa não é segredo pra quase ninguém: era fã alucinada de Backstreet Boys, sem o exagero de escrever cartas quilométricas. Achava supersexy os garotos dançando Clipping games my heart (ainda bem que meu conceito de “sexy” evoluiu com o tempo). Até hoje sempre rola ouvir algumas, principalmente esta:

#novelas
Como noveleira que sou não poderia faltar. É cada música brega. Esta me fez chorar muito, por embalar os momentos mais emocionantes de Por amor, grande sucesso do Maneco:


E por falar em novelas, não perdi um capítulo das primeiras fases de Chiquititas. Ah! Como era bom. Tinha todas as fitas-cassetes e também sabia as coreografias. Deu uma saudade danada vendo este clip:


#funkeira
Sim, já desci muito até o chão dançando funk, o que me rendeu por muito tempo o apelido de Raíssa, personagem de Mariana Ximenes na novela América. Tinha o cabelo curto, magrinha, talz... Ando meio fora de forma, nada que umas brejas não resolvam. A seguir, um dos meus prediletos:


#breganejo
Você pode até não admitir, mas sempre tem alguém na turma de amigos ou membro da família que é fã de sertanejo. Inevitavelmente, você será “contaminado” de alguma forma pelo estilo. Eu, particularmente, curto algumas músicas e duplas sertanejas, principalmente as mais antigas, que louvam o ritmo e as tradições.

Agora, já ouviram falar em Alan e Aladin? Pois é, de doer os dentes. Sempre toca nos divertidíssimos encontros de amigos abarrotados de bons drinks em Nova Fátima, terrinha natal. Esta vai especialmente para o webdesigner mais foda que eu conheço: o maranhense Mark Sousa.


Chega né? Já é o bastante para receber comentários de indignação, sofrer bullying, ver cara feia, ser discriminada e trollada nas redes sociais... Enfim, falando bem ou mal, vocês continuarão a gostar de mim. Então, deixa aí seu passado negro também e vamos nos divertir sem medo de julgamentos.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Infidelidade mode off


Daí que rolava a festa do ano na cidade. Vaidosa que sou, aprontei-me para o evento com o intuito de arrasar (quem lê até pensa: aí tem qualidade. Ô dó!). Som tocando, papo aqui, como vai acolá e de repente, um senhor com os seus 40 e lá vai cassetada e de aliança nos dedos há pelo menos 20 anos me olha como se nunca tivesse visto um vestido na vida e solta: ahhhhhhh se fosse a 20 anos atrás!


Gente, me segurei para não soltar o #morrediabo mais estrondoso da minha vida, já que apenas alguns metros me separavam  da sortuda esposa do dito cujo. Sabe aquela história batida de corna que mantém a pose para se fazer de superior perante as amigas? Pois é, pode até parecer comum, mas tenho certo asco #quenojinho de fatos e pessoas do tipo. Definitivamente, é de doer os dentes.


Esse é um claro exemplo de como é tênue a linha da fidelidade. Se eu fosse desta nova geração de mulheres, criadas comendo frangos abarrotados de hormônios de origem duvidosa e vulgarmente intituladas de piriguetes, teria jogado um charme pro coroa - que, detalhe, não é de se jogar fora. Seria só mais um chifre, verdadeiro? Para mim soa mais falso que o “felizes para sempre” de certos casamentos que vemos hoje em dia, ou da maioria. Longe de mim julgar quem pensa o contrário de mim ou simplesmente é infiel por escolha. Cada um que arque com as consequências dos seus atos.


Como fui criada com muita galinha caipira lá no interior, tenho um jeito ainda fadado de tradicional de pensar a fidelidade, ainda mais quando se foi traída por 90% de seus namorados. Vou nem falar quantos tive para não parecer mais dramática a situação, garanto apenas que foi o suficiente para o ter o pé atrás com todos os homens que se aproximam. Aí você pensa que por isso desisti da fidelidade, especialmente quando uma traição específica causou uma dor inexprimível, que cinco anos depois ainda não consigo definir ao certo como foi e graças aos céus não voltei a sentir. Mas não desisti, e me orgulho muito disso.


A meu ver, vago e inexperiente para a maioria, a fidelidade é a base para uma história sólida e de boas lembranças. É confiança e respeito para com o companheiro e, acima de tudo, consigo mesmo. É aproveitar a oportunidade ímpar de viver com aquela pessoa uma passagem exclusiva da vida, em todos os sentidos. Não é deixar que o outro seja o escolhido. É ter o privilégio de ser a escolha certeira de outrem, mesmo que por tempo limitado. É conviver sem culpa e por inteiro.


Nunca consegui começar um novo relacionamento sem antes ter a certeza de que os laços anteriores foram rompidos, mesmo que bruscamente. Até mesmo com o tal do PA* - sim, já tive e recomendo - rola fidelidade. Posso até não ser a única dele, porém sou exclusiva durante o período que determinamos para nos relacionar. Certeza que alguém está afirmando internamente: “é por essas e outras balelas que já não tem mais banco pra Cláudia sentar”. 


Comigo sempre aconteceu assim: um de cada vez para não virar bagunça. Porque sou bem ciente dos meus limites e valores e, por isso, sei exatamente o que vai fazer minha consciência pesar. Também por via das dúvidas nunca testei meus limites para comprovar essa tese. Vai que a dor seja tão insuportável como a que senti quando fui traída pelo cara que mais gostei nesses míseros anos de vida. Não sei se suportaria.


Também não vou dar uma de santa. Se assim fosse não estaria neste mundo de provas e expiações, que sempre reserva tentações para a jornada. E que tentações, cá entre nós. No entanto, traída como fui e por não desejar essa dor miserável a ninguém (e isso inclui as piriguetes tá gente?), valorizo a fidelidade. A coisa anda tensa, diga-se de passagem, pois a proporção de homens gays e safados beira quase metade a metade. Mas romântica que sou, ainda sonho em ser exclusiva para alguém. E que seja eterno enquanto dure.


*PA (substantivo masculino): sigla usada na contemporaneidade para designar o sujeito escolhido para levar a mulher ao céu durante o sexo sem, no entanto, envolver laços sentimentais e com o qual ela terá a chance de viver momentos tão, mas tão singulares, que só terá coragem de revelá-los às netinhas durante crises de Mal de Alzheimer, como que a aconselhar: “olha minha netinha, amar de verdade você amará poucos ou apenas um, mas nem por isso você deve esquecer que o restante dos homens tem algo de bom a oferecer. E como tem”.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Por que pudor quando o assunto é sexo?




Primeiramente, gostaria de dizer que este post é um divisor de águas. Mãe, quando a senhora ler as linhas abaixo, não julgue mal a filha que a senhora criou tão bem. Ainda continuo a mesma, mas com alguns aprendizados a mais. E que aprendizados, diga-se de passagem.

Em segundo, o assunto, como já ficou BEM claro, fugirá ao perfil romântico e poético do blog. Não se assuste, caro leitor. Isso não significa que deixei de ser a Menina dos Olhos, romântica por natureza. E quem disse que romantismo não combina com sexo? 


Por último, não sou uma conselheira sexual. Estou longe disso. Mas, vamos lá. A inspiração para esse devaneio veio de uma conversa que tive voltando para casa com dois amigos de trabalho, que de repente começou a ficar picante. Sexo em pauta: posições, tamanhos, calcinha molhada, e por aí vai. Um deles – homem por sinal – fala para mim algo mais ou menos assim:


- Se você não estivesse aqui, o assunto não estaria tão quente. Você nos inspira a falar de sexo!


Pronto, foi o bastante para me sentir uma depravada, piriguete, Ariadna, fogosa e adjacentes. Aí a amiga que estava dirigindo o carro de repente pergunta:


- Você já testou alguma posição exótica?


Aí torou a paca, conforme o dialeto turvanês. Senti-me a experiente, a sabe tudo, para não dizer uma profissional do sexo. Que vergonha fiquei de mim. Senta lá, Cláudia! Por que perguntar isso logo pra mim? Era mais fácil perguntar para o outro amigo, que com certeza, tem muita mais experiência de vida do que eu.


Confesso: eu peco por excesso. Não por falar demais, mas por não ter vergonha nenhuma de expor o que sinto com quem acho que mereça minha confiança. E se tem uma coisa na vida que eu tenho certeza atualmente é que eu gosto de sexo. Eu amo sexo. Gente, como sexo me faz bem. Quem não me conhece, vai se assustar. Quem convive, já tá cansado de saber disso, pois não tenho nenhum pudor em dizer, só para minha mãe, é claro.


Vai fingir que você também não gosta e talvez até mais do que eu? O que me intriga é o fato de as pessoas terem tanto medo de falar de uma das poucas coisas do mundo que nos fazem esquecer os nossos problemas, relaxar, ir ao céu, sentir-se satisfeito.


É claro que há pessoas e lugares certos para discutir a questão, mas quem disse que falar de sexo é fora dos padrões? Por que mulher deve expor suas intimidades só para as mulheres e os homens, só em clubes do bolinha? Pergunto mais: por que relacionar sexo só a pornografia, orgia, depravação, pobreza de espírito, falta de Deus, antireligião, enfim, pecado? O mundo de hoje já não comporta tanta caretice.


Não acredito que Deus, em sua infinita sabedoria, teria nos permitido sentir algo tão maravilhoso, a ponto de ser inexplicável, para depois nos julgar como pecadores. E se não é pecado, erro, burrice, por que fingir que você não faz, que não tem desejos ou fantasias a serem realizadas?


Ter uma vida sexual ativa faz bem para saúde do corpo, mas principalmente, da alma. Como é bom  sentir-se desejada, querida, e ao final de uma relação, ofegar como a demonstrar que aqueles últimos segundos foram ímpares. Claro que tudo requer uma dose de responsabilidade para não virar bagunça. Mesmo assim, uma aventura de vez em quando é muito bem-vinda, afinal, é possível aprender até com os erros.


Pode até parecer que as minhas palavras soem como falta de romantismo. Longe disso. Não nasci para ser amante. Fui criada para ser amada. E ainda espero encontrar aquela pessoa preparada para seguir comigo até o resto dessa vida. A cada dia que passo, sinto que o dia do encontro está mais próximo, isso se ele já não aconteceu sem que eu me atentasse para o fato. Vai saber.


Não pensei assim a vida inteira. Depois de uns certos tropeços, percebi que sexo, mesmo sem amor, pode ser mais que um prazer momentâneo. Pode se transformar numa lembrança inesquecível, seja com namorado, amigo, PA ou com aquela pessoa que você mal conhece. 


Não tive muitas relações. Por mais incrível que possa parecer, sei exatamente com quantas pessoas cheguei a tal ponto de intimidade. Eternizei cada segundo, cada detalhe, cada gesto, cada olhar, cada toque. Não foi simplesmente ficar. Foi um ato para toda a vida. 


Enfatizo: não tenho pudores para falar nada do que penso. Sempre acreditei que a sinceridade está entre as qualidades mais preciosas de uma pessoa. Posso até ser taxada de maliciosa, inconveniente, pervertida, foda-se. Quem me conhece sabe que, no fundo, sou uma menina sonhadora, de imaginação fértil e que não mede esforços para encontrar a felicidade e deixar feliz quem está à minha volta.


Se alguém que está lendo esse texto não acha isso, por favor, seja corajoso o suficiente para chegar em mim e dizer que sexo não deve ser assunto de nossas conversas. Saberei entender perfeitamente. Caso o contrário, bem-vindo ao clube dos que acreditam que sexo é bem mais que uma busca por prazer. É uma necessidade.


P.S. Não me venham com depoimentos com propostas indecentes. Não é porque gosto de sexo que não seleciono.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Crônica da espera



Ela estava ali, com olhar distante e destino incerto.
No que pensava? Para onde viajava? Sonhava, chorava ou alegre estava?
Não dá para imaginar.

Ela aguardava ali, com o fôlego cansado e as mãos calejadas.
No que acreditava? Poderia seguir adiante? Pensou em retornar por algum instante?
Não dá para decifrar.

Ela refugiava-se ali, com seus medos e devaneios.
O que a fazia estremecer? Por que o semblante triste escondia um auspicioso sorriso?

Impossível não questionar.

Ela escondia-se alia, com suas vergonhas e defeitos, lembranças e perspectivas.
Teria forças para se modificar? Ou persistir no erro seria a solução mais eficaz?
Definitivamente, não dá para entender num olhar.

O que se sabe?
Mesmo remando contra a maré, ela estava e continua ali.
Esperando para se arrepiar, desejar, delirar e outra vez amar.
Ora sorrindo, ora chorando, sempre sonhando com aquele sorriso diferente, um gesto há tempos ausente, que pode nunca retornar.
Mas ali ela sempre vai estar.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Até logo...


Ele era baixinho, mas alojava um sábio coração, que aprendeu a sobreviver com cada passo que dava, mesmo que fosse para trás. Seu Matias não está mais entre nós. Deixou aqui na Terra uma semente de valor inestimável, que vai continuar germinando e crescendo pela eternidade.

De poucas palavras, esse grande homem ensinou muito aos poucos que tiveram a honra de conhecê-lo. Para mim, a maior dádiva que ele deixou foi transmitir a todos que o cercavam o grande valor de cada ser humano que encontramos nesse mundo belo e ingrato, gracioso e confuso, pequeno e imenso.

Sim, é das pessoas que podemos tirar as mais preciosas lições. Amigáveis ou distantes, cada uma  que cruza nosso caminho tem algo importante a nos passar, seja por palavras, atos, sentimentos ou omissões.

Nada como a convivência para saber como desejamos ser tratados e da mesma forma agir em nossas relações. Nada como um minuto de bobeira do outro para afirmar “eu nunca vou agir assim” e fazer disso um propósito de vida. Nada como uma lágrima de alguém querido para você demonstrar o quão grande é o seu apreço por ele.

Alguns passam por nossas vidas como num estalar de dedos, o tempo necessário para nos deixar firmes marcas. Outras estão ali o tempo todo para nos lembrar de nossas responsabilidades. Tem aquelas que estão na mesma sintonia. E outras, porém, que mesmo trilhando um percurso adverso, conseguem mostrar por que apareceram.

Todas ensinam, com boas e más condutas. E isso é o que mais me impressiona. Por que se preocupar com o que o outro pensa de mim ao invés de tentar assimilar o que de melhor ele tem para oferecer, que são as próprias experiências?

Ainda há uma venda nos olhos da maioria, ainda incapaz de aceitar que viver em grupo é mais do que conveniência. É aprendizado. Seu Matias, com sua simplicidade, sempre falava de reforma, de mudança. Quer coisa melhor para testar nossos limites e valores do que respeitar as diferenças e aprender com elas?

É por assim pensar que eu vivo intensamente todas as relações, sejam as bruscas, as temporárias, no trabalho ou as amizades já consistentes. Por acreditar que ainda tenho muito para crescer que sou boa ouvinte, observadora, às vezes até pé no saco, mas tento sempre tirar uma casquinha de sabedoria de cada um que cruza o meu caminho.

A maioria pode até não se lembrar quem sou ou onde nos cruzamos. O contato pode ter sido mínimo, mas o suficiente para ficar gravado como uma lembrança agradável. Uma certeza: recordo-me com gratidão de todos, mesmo daqueles que o convívio tenha sido doloroso ou ainda haja resquícios de mágoa, pois já está mais do que provado que é das lágrimas de tristeza que nascem os mais valiosos ensinamentos.

Saudade tenho de muitos. Fizeram as próprias escolhas e traçaram planos que não se confundem com os meus. Prefiro não dizer adeus, pois carrego a esperança de que um dia haverá um novo encontro e terei a  oportunidade de aprender com eles uma vez mais. De outros, guardo a distância prudente e necessária com a certeza de que encerrei um ciclo.

“Nunca” é uma palavra que exclui do meu dicionário. Por acreditar na eternidade é que ainda espero por novos tropeços, desafios e por que não reencontros. Dizer adeus também é forte demais para quem deseja tudo isso. Por isso, naquela segunda-feira triste e vazia, eu não disse “adeus Seu Matias”. “Até logo e obrigada por tudo” foi ideal.

P.S. Seu Matias faleceu no dia 14 de janeiro de 2011. Era desembargador aposentado e presidente da Casa de Luz Vovó Maria Conga, onde desenvolveu, ao lado da amada Grécia, diversos trabalhos sociais e de socorro a milhares de pessoas que procuram na espiritualidade um acalento para suas dores, inclusive eu.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dia de TPM


Hoje é o primeiro dia da minha TPM de cada mês. Nada de dores físicas, cólicas ou adjacentes. Segurei as pontas o dia todo pra não chorar no trabalho. E já cheguei avisando para as mais íntimas:

- TPM. Se eu for grossa com alguém, releva!

De imediato, elas concordaram. Não é mito, drama, imaginação, blefe, coisa da cabeça, charminho, cu doce ou enganação. Como odeio ouvir isso de homens que nunca conseguirão entender o quão triste podem ser os dias que antecedem o ciclo menstrual! Isso sem contar os dias de maré vermelha. É sofrimento demais.

Chazinho ou calmantes? Não funcionam. Já testei muitos e é como beber água. Não há explicação científica, concreta ou sobrenatural para a tamanha tensão que nós mulheres carregamos no peito quando se aproxima a menstruação.

Uma coisa é certa: o melhor remédio pra esses dias tortuosos, difíceis, quase intermináveis é carinho. Essa dor inexplicável que bate no peito pode ser pelo menos amenizada com pequenos gestos de afeto.

Não pergunte por que ou como, mas receber carinho me fez perceber que um dia de TPM pode reservar grandes lições. Hoje, aprendi que mesmo nos dias de melancolia, há motivos para sorrir. Obrigada @nadimachalup e @vskaren!

Aos homens um recado: não tentem entender ou estudar fatos concretos. A TPM é tão confusa e abstrata que nem mesmo quem é acometida por esse emaranhado de emoções e sintomas consegue entender. O que fazer? Respeitem e, acima de tudo, sejam carinhosos. Como? Descubram!

domingo, 30 de janeiro de 2011

E não somente ser ou estar

Aprendendo
A voar mais alto
A escutar o silêncio
A viver
E não somente sobreviver

Continuando

A despertar risadas
A provocar suspiros
A concretizar desejos
E não somente imaginar

Procurando
Novos horizontes
Novos amigos
Novo amor
E não somente almejar

Desculpando
As lágrimas insensatas
As dores mal curadas
Aqueles que não entenderam
E não somente deixar passar

Compreendendo
Que é preciso ir além do próximo passo
Que um sorriso vale mais que mil palavras
Que um olhar pode levar ao céu
E não somente beijar

Sentindo
Alguém cada vez mais perto
Outro alguém cada vez mais longe
Que sempre há algo além do concreto
E não somente sonhar

Querendo
Uma noite a mais
Um beijo a mais
Um sorriso a mais
E não somente ofegar

Aprendendo...
Continuando...
Procurando...
Desculpando...
Compreendendo...
Sentindo...
Querendo...
E não somente ser ou estar

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Crônica da despedida


Não me olhe assim.
Lamentações não camuflam certezas. É o momento exato de seguir sem permanecer abotoado a lembranças, a fatos isolados que não dão consistência ao presente. Convencer-me do contrário nos afastaria do que verdadeiramente almejamos.
O próximo passo será dado sem você.

Não diga infelizmente.
Felizes somos por não guardar cicatrizes. Temos o prazer inestimável de recalcar apenas momentos de intensa satisfação e amizade.
O próximo desejo não será por você.

Não me peça para ficar.
Cometer mais esse erro comprometeria um futuro que talvez nem se realize, mas que se revela promissor e evolutivo.
Na próxima queda, não terei você para me levantar.

Não cogite uma última vez.
Prefira esconder seu desejo, controlar seu pulso, exalar um suspiro doce ao sentir meu cheiro à distância.
O próximo beijo não será dado em você.

Não se preocupe.
Alguém me espera para afastar o vazio que você não é capaz de preencher.
A próxima lágrima será de felicidade e você não poderá enxugá-la.

Não me impeça de voar.
De sentir o que os meus olhos humanos e imperfeitos ainda não são capazes de observar. Talvez imaginar possa sugerir insanidade, mas pés no chão nunca são garantia do acerto.
O próximo pouso será realizado sem você ao meu lado.

Não tente entender.
Nossas realidades não se confundem. Os pensamentos, sim, divagam por terrenos tortuosos e excitantes, mas infinitamente díspares. 
O próximo ensinamento não será compartilhado com você.

Apenas sorria.
E com este sorriso, espontâneo e convincente, reviva a nostalgia do encontro sem desejá-lo uma vez mais.
O próximo suspiro não será por você.

Não precisa dizer adeus.
O mundo é pequeno demais para não planejar reencontros. E quando a surpresa nos pregar uma nova e emocionante peça, não diga “oi”, não tente se aproximar ou mesmo me tocar. Em meio às máscaras das aparências, encare disfarçadamente meus olhos como a dizer “foi único enquanto durou”.


P.S.: Advinha!